Estou de volta - parte 2

Bom, chegou o grande dia! O dia de nascer as minhas jóias.

Neste dia, procurei me tranquilizar ao máximo, conversei muito com Deus e com meus filhos. Precisava estar bem para a cesária. Precisava ser forte e transmitir segurança para o Júnior e para a equipe. Quando cheguei ao bloco cirúrgico, senti que todos estavam muito apreensivos. Não sei de onde veio aquela energia, mas senti que tinha algo me protegendo e me guiando naquele momento. Tenho certeza de que consegui transmitir aos profissionais e tudo ficou mais tranquilo. Nem parecia uma cesária de risco.

A médica anestesista foi um amor! Eu estava com a boca muito ressecada, pois o oxigênio resseca muito a boca e estava sem beber água desde o dia anterior. Então, ela chegou bem perto do meu ouvido e disse "eu tenho uma coisinha pra ti" e foi buscar. E eu fiquei pensando o que será? Ela colocou uma gase na minha boca encharcada. Achei que fosse água. Então, ela assoprou no meu ouvido "é H2O". Nossa! Quando ela disse aquilo, dei aquela chupada! hahahaha... muito legal! 

(acabo de receber uma ligação no quarto do hospital com o resultado  do exame da gripe H1N1. Deu negativo)

Tudo pronto para começar. O paizão entrou com um sorriso lindo no rosto e nossos pequeninos começaram a nascer. Foi muito rápido! Não pude vê-los. Mas, ouvi o chorinho da Cecília. Eles foram levados rapidamente para a UTI NEO. Foram atendidos por dois pediatras Dr. Fábio e Dr. Davi. O Dr. Fábio é responsável pela NEO. Ele é muito legal! É muito bom saber que meus filhos estão sendo bem cuidados.

Eu voltei para a UTI e continuei meu tratamento intensivo. Recebi a visita do Che, do meu pai e da minha mãe, logo depois da cesária. Mas, só para eles me verem mesmo, pois estava muito cansada e ainda sobre o efeito da anestesia. Mais no final da tarde, alguns amigos, tias e primos, também, fizeram uma visita rápida. 

Fiquei na UTI, em recuperação, até o dia 1º de janeiro. Che conseguiu passar a virada do ano comigo na UTI. Foi muito bom estarmos juntos naquele momento. No dia 1º de janeiro fui para o quarto. Estava muito fraca, pois não conseguia comer direito. Minha dieta era hipossódica. Ou seja, sem sal! 

Chegou a hora de conhecer meus filhos... Che foi comigo. Ao mesmo tempo que me senti muito feliz, fiquei muito chocada com o que vi. Eles estavam usando o CIPAP. É uma toca na cabeça que tapa, praticamente, todo o rosto. Você vê, apenas, o nariz e a boca. Ou seja, não vi meus filhos. Saí da NEO arrasada. Eles estavam muito frágeis. A Cecília respirava com muita dificuldade. O peito dela fazia um movimento muito feio. Fiquei muito preocupada. As meninas da NEO me ajudaram a esgotar, pela primeira vez, a mama. Eles têm uma salinha aqui no Hospital especial para a coleta de leite. Muito querido! Estou esgotando de três em três horas.

Tudo parecia estar correndo muito bem. Os médicos dizendo que eu estava bem melhor depois do parto. Eles só pediram para que quando eu saísse do hospital, que procurasse um cardiologista para continuar o tratamento. Enfim, no dia 03 de janeiro recebi a alta hospitalar. Na hora, fiquei muito empolgada, feliz por poder ir para casa. Fomos na NEO ver o trio, esgotei a mama e fomos embora. Antes, passamos na UTI para dar um tchau aos meus mais novos amigos. 

Na saída do hospital, ligamos para a minha tia Nara e pedimos para ela preparar "aquele" almoço gostoso. Pois, não via a hora de comer uma comida com sal. O problema é que ela mora no 4º andar, sem elevador. E a Taís aqui, recém saída do hospital, resolveu subir tudinho. Bom, até ai, tudo bem. Comi, tomei Coca-Coca, dormi um soninho, comi sorvete de sobremesa. Parecia que tudo estava bem. Fomos embora, mas antes, passamos na farmácia para comprar as medicações. Estava muito quente e eu comecei a me sentir cansada. Fomos para casa e a noite não foi nada tranquila. Além de sentir muita dor nas costas, ainda tinha muita tosse, diarréia e vômito. Na manhã seguinte, liguei para o Che dizendo que não estava legal e que precisa ir ao médico. Então, fomos ao Hospital da Unimed. Chegando lá, não conseguimos atendimento. Fomos, então, ao Pronto Med. Lá eles me deram um soro e Dramim. Saí de lá mal ainda. Voltamos no Hospital da Unimed para vermos o trio e para esgotar a mama. Eu estava cada vez mais fraca e começando a sentir falta de ar.

Já em casa, a situação só piorava. Che, então resolveu fazer uma vitamina pra mim com várias frutas. Tadinho, ele queria ajudar e não sabia mais o que fazer. Não deu certo, vomitei todo o suco e minha falta de ar estava muito agravada. Foi então que ele decidiu me levar, novamente, para a emergência do Hospital Regina.

Está na hora de esgotar a mama! Continuo depois...

Bjos